Disputa por contrato de rifle esquenta nos EUA

A substituição do M4 por um novo rifle cria uma nova guerra entre lobistas das armas
"O único problema numa guerra entre vendedores de armas é que sobram balas" disse Simon Weisz, personagem de "O Senhor das Armas" (2005) filme que conta a história de Yuri Orlov, um vendedor de armas global. A nova guerra entre começa a ser travada nos bastidores da capital dos Estados Unidos, Washington; e a disputa é pelo contrato dos novos rifles do exército norte-americano. 

O novo rifle substituiria o M4, rifle atual dos soldados que travaram batalhas nos últimos dez anos no Iraque e Afeganistão. Para se ter uma ideia, o último contrato da secretária de defesa com a Colt pelo M4 foram encomendados 700 mil rifles, substituindo o M-16 – também da Colt – usados desde a guerra do Vietnã nas décadas de 60 e 70.

A munição das grandes empresas do setor para ganhar o contrato é bem antiga, os lobistas, legalizados nos EUA. Empresas como FN Herstal, Remington e Heckler & Koch preparam-se para gastar milhares de dólares com jantares para parlamentares e militares, para expor qual produto é mais preciso e letal.

O equipamento é escolhido pelos militares, mas o aval é dado pelos senadores. O ACR (Remington), CM901 (Colt), SCAR (FN Hestal) e o HK 416 (Hecker & Koch). Os novos rifles tem cano alterável, para mudar o calibre da arma de 5.56x45mm para 7.62x51mm NATO.

Apenas a Colt já gastou US$ 120 mil com lobby e a Remington de US$ 500 mil. Além do rifle, a fabricação dos rifles traz mais empregos para estados e distritos de congressistas e senadores, ou seja, votos.

X
X
Share on Google Plus

About Unknown

    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário