China passa Japão e torna-se 2ª economia do mundo

Agência chinesa demonstra bom momento econômico e chancela país no encalço dos norte-americanos
Enquanto os olhos do mundo econômico estão focados no encontro entre presidente norte-americano Barack Obama e o premiê chinês, Hu Jintao, a Agência Chinesa de Estatísticas anunciou ontem (20/01) um crescimento real de 10,3% no produto interno bruto, em comparação ao ano anterior.

Com isso, a China é oficializada como segunda maior economia do mundo, perdendo apenas para o “cambaleante” Estados Unidos. O produto interno bruto chinês atingiu a incrível marca de 39,798 trilhões de yuans, aproximadamente 9,8172 trilhões de reais.

O Banco Mundial prevê um crescimento econômico reduzido na China, abaixo dos 8.7%. Ainda assim, bem acima da média mundial de 3,3%. Apostando 23,8% do orçamento em projetos especiais e no setor público, uma espécie de PAC Chinês; e o forte índice de exportação de 31% - um relativo aumento em comparação aos 16% de 2009 – colocou a China no encalço dos seus colegas do outro lado do Pacífico.

China Contrastante

Consumo interno, êxodo rural, meio ambiente, previdência e forças militares, podem desequilibrar o crescimento chinês
Assim como tem feito até o momento, o governo chinês almeja passos arriscados para atingir o topo, algo que alguns economistas apostam que pode ser alcançado até 2020. A China planeja dominar sua economia com o consumo doméstico, mas, a má distribuição de renda tem se tornando uma pedra no sapato dos planos chineses, mesmo com o crescimento de 18,4% no consumo e aumento do salário mínimo nas províncias.

Outro problema é fraco rendimento entre os fazendeiros. A agricultura chinesa não cresce no mesmo ritmo das áreas urbanas, cerca de um terço em comparação ao crescimento urbano. Com 100 milhões de chineses em trânsito pelas áreas rurais, a disparidade social e o êxodo entre campo e cidade são visíveis na terra Mao Tsé-tung.

Como se não bastasse a eterna luta de classes, a China tem ainda problemas com a terceira idade. Com as leis de controle de natalidade, cresce o número de idosos. A expectativa de vida dos cidadãos chineses atinge os 70 anos de idade, podendo criar para os próximos anos um problema para a previdência no país.

Isso sem contar os problemas com os direitos humanos, o Tibet, o uso de usinas de carvão que atrapalham o meio ambiente e o crescimento militar, mostrado recentemente na caça dos piratas somalianos. Assustando tanto os países da região, os investidores e os grandes players internacionais.

China e Brasil

Semelhanças entre Brasil e China não está apenas no amarelo das bandeiras
Algo muito comum entre as economias de Brasil e China, a inflação ainda é o grande dragão a ser dominado pelos respectivos governos, como demonstrado recentemente pelo presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini e os diretores do COPOM. Os economistas brasileiros aumentaram a taxa Selic em meio ponto percentual, alcançando os 11,25% de juros para frear o crescimento da inflação.

Os dois países ainda fizeram grandes investimentos em infraestrutura e grande parte de seus títulos e papeis do tesouro no mercado estão nas mãos dos fundos de investimento e fundos especulativos em países desenvolvidos.

A moeda dos países também traz a atenção dos velhos líderes da economia nos EUA e Europa, o câmbio flutuante no real e a baixa artificial do yuan, gera uma certa ameaça nas exportações com os países industrializados.

O Boom chinês

China se prepara para atingir o cume de sua produção em 2015
O governo chinês ainda espera que a população no país, com 1.3 bilhões de habitantes - algo que ainda espanta os mais céticos crentes no desenvolvimento do país de Jackie Chan e das últimas olimpíadas de verão – comece a cair a partir de 2030.

Agindo como parte do plano em cinco anos traçado pelo governo chinês, chamado de “período dourado”, o crescimento é esperado até 2015, quando a nação atingirá o cume era de produção, transformando a China em um dos grandes países industrializados no mundo.

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