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| Tenor espanhol chega aos 70 anos ainda em atividade e comemora nos palcos a boa fase |
Nascido em Madrid, Domingo é filho de um casal cantores de companhia de Zarzuela (gênero operístico espanhol). Sua família mudou-se para o México ainda aos 8 anos, no mesmo período começou a estudar piano e regência no Conservatório de Música da Cidade do México, mas acabou sendo atraído para o canto lírico quando sua voz foi descoberta.
Sua estreia em ópera foi em Monterrey na ópera “La Traviata” de Giuseppe Verdi, cinco décadas atrás, Domingo representou o papel de Alfredo e logo foi aclamado pela crítica. Em seguida, a Ópera Nacional de Tel Aviv o convidou para fazer parte de seu elenco definitivo, Plácido Domingo ficou por dois anos na companhia de ópera.
Após sua participação em Tel Aviv, o mundo ficou pequeno para o tenor espanhol e propostas para se apresentar nos principais palcos da ópera como Metropolitan de NY, Convert Garden, Scala de Milão, Ópera de Viena, Paris, Berlim, Frankfurt, Bayeruth, Salzburg, Colon de Buenos Aires tornaram-se freqüentes.
E as gravações como o “Don Carlo” de Verdi ou o ciclo de quatro óperas de Richard Wagner “Os Anéis de Nibelungo” que nós encantam até hoje e colocaram o cantor de música erudita que mais vendeu álbuns no mundo.
If I Rest I Rust
Além de cantor, Plácido Domingo segue em parealelo com as carreiras de regente e diretor de ópera, aplicando aos gestos como maestro a mesma versatilidade, força e paixão que usa ao cantar uma peça lírica.
Com o lema “If I Rest I Rust” – se eu descansar, eu enferrujo – Plácido Domingo acumula as funções de diretor da Ópera de Los Angeles e da Ópera Nacional de Washington e não têm medo de enfrentar novas empreitadas, inclusive cantar em chinês ou mudar de classe musical, passando a interpretar papel de barítono em “Simon Boccanegra” outra obra de Verdi.
Recentemente, Plácido Domingo recebeu o Grammy Latino de “Personalidade do Ano” e fará parte do banca de jurados do concurso Operalia Moscow 2011, julgando os próximos talentos da ópera no lendário Teatro de Música de Moscou Stanislavsky & Nemirovich-Danchenko.
A comemoração dos 70 anos de Plácido Domingo será onde ele mais gosta, no palco. O cantor volta a sua casa de origem, o Teatro Real de Madrid para interpretar Orestes na ópera “Ifigenia in Tauride” de Christoph Gluck. “Estar em Madrid cantando, ao lado da minha família e amigos, em dia tão importante da minha vida já é meu presente de aniversário” disse Plácido Domingo em uma entrevista coletiva na capital espanhola.
“O maior presente que eu poderia receber neste aniversário é poder dizer que eu posso continuar cantando por mais alguns anos. No atual estágio todo dia eu agradeço por estar apto a cantar” conclui o tenor. As homenagens não param por aí, as principais gravadoras de música clássica, EMI, Sony e Deutsche Grammophon, lançaram websites e novos coletâneas com as obras gravadas por Plácido.
Até o presidente do Governo da Espanha, Jose Luiz Zapatero, parabenizou o tenor em seu canal oficial no YouTube por seus 70 anos e pela imensa contribuição dada à difusão da cultura espanhola, considerando-o como "a força de uma voz que representa o povo espanhol."
No site do tenor ainda é possível se cadastrar e deixar uma mensagem de aniversário para o cantor espanhol mais famoso do mundo.
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