Quem ressuscitou o carro elétrico?

Na primeira década do segundo milênio, o carro elétrico surge como opção sustentável


A mais famosa feira de carros do mundo, o Salão do Automóvel de Detroit, teve em sua abertura glamurosa carros conceitos, criados apenas para exposição e futuramente – caso caiam no gosto do povo – para criação em massa.

Neste ano, não são os carros velozes com motores de 500 cavalos de potência que chamam a atenção, mas os carros sustentáveis, aqueles que poluem menos o meio ambiente. É o caso do mundialmente conhecido Toyota Prius, o primeiro carro elétrico comerciável da montadora japonesa.

A empresa traz para o evento uma nova versão do carro que foi além das expectativas, vendendo milhões de unidades nos EUA e Japão; mesmo em época de recessão. O Toyota FT-CH promete ser mais potente que a versão anterior eliminando as grandes frustrações dos donos, como potência, torque e aquecimento. A atual fila de espera para comprar um Prius é de seis meses.



Cinco anos depois do documentário de Cris Paine, Quem matou o carro elétrico?, a General Motors – principal estrela do documentário de Paine por “matar” o Chevy EV1 - apresenta em Detroit o possível concorrente da Toyota, o protótipo Sequel, utilizando a tecnologia de células a combustível (fuel cell); a base de hidrogênio.



A Ford também marca presença com a nova versão do Ford Fusion Hybrid – famoso pela presença em séries e filmes, como 007 Quantum of Solace -, o C-Max Hybrid, que também utiliza células a combustível, porém como diz o nome, é um híbrido entre o motor a gasolina e elétrico.



Do outro lado do Atlântico, os ingleses preparam para lançar um pacote de incentivo para a compra dos carros elétricos. Criado inicialmente pelo Partido dos Trabalhadores inglês, o plano de 230 milhões de libras não fez parte dos cortes elaborados pela nova administração do Partido Conservador e seu novo primeiro-ministro, David Cameron.

Com isso, em 2012 os ingleses terão 43 milhões de libras como incentivo fiscal, serão 8,6 mil novos carros elétricos nas ruas do Reino Unido ou 5 mil libras de incentivos para cada carro comprado, algo como 13 mil reais. O objetivo dos súditos da rainhas é ambicioso, chegar a 1.7 milhões de carros elétricos até 2020, cortando a emissão de carbono em 40%.

Além do Toyota Prius são aguardados incentivos para carros elétricos que serão lançados no mercado até 2012, como o Mitsubishi i-MiEV, Nissan Leaf, Peugeout Ion, Citroen CZero, Tata Vista, Vauxhall Ampera, Chevrolet Volt, Tesla Roadster e a versão elétrica do econômico da Mercedes, Smart FourTwo.

Desse modo, nas principais economias do mundo só polui quem quer. Tanto que Paine prepara um novo documentário intitulado de Revenge of the Electric Car ou A Vingança do Carro Elétrico; e os donos de SUVs (aquelas picapes enormes que consomem quase um posto de gasolina) e carros esportivos começam a ser apedrejados em alguns cantos do velho continente.  


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