Discursos inflamados são a marca registrada de Bolsonaro, só agora seus eleitores decobriram? |
O deputado federal do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PP), é um personagem único da política nacional. Não é de hoje que o parlamentar faz seus discursos inflamados para quem quiser ouvir. Seja contra as cotas de afrobrasileiros na universidades públicas, defesa do golpe de 64 - que ele na verdade chama de revolução -, contra o aborto e a contra a relação civil entre homossexuais.
Ou discutindo com colegas de câmara, apoiando a construção da bomba atômica e defendendo o fuzilamento ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Bolsonaro já está a seis legisturas e dispõe de vasta posição política no cenário de Brasília e do Rio de Janeiro, tanto que seu filho é vereador na capital fluminense desde 2000. Precisou o deputado participar do CQC - Custe o Que Custar - na TV Bandeirantes para a população fervorosa e defensora dos bons valores e costumes sair ao ataque do parlamentar.
Queria saber, onde estavam os arautos da justiça - seja nas redes socias ou esquinas - nos últimos 20 anos do mandato do deputado carioca? Quando ele votou várias vezes da mesma forma que se apresentou no conhecido programa de TV, com a mesma rispidez e pensamentos retrógrados incompatíveis com o atual momento que vive o mundo, com a globalização, comércio e informações verticalizadas?
Talvez a resposta de Bolsonaro à Preta Gil tenha sido mal interpretada, contudo, este legislador e frequente visitante da Comissão de Ética e Justiça da Câmara dos Deputados; deve ter mais respeito as entidades que lutam pelos direitos iguais no país.
Independente se são homossexuais, afrobrasileiros, feministas ou trabalhadores, o não tão nobre deputado Jair Bolsonaro, devia tratar todos com igualdade. Como exige a lei pela qual ele foi eleito e legisla democraticamente.
Do contrário, não se dê ao trabalho de aguardar as próximas eleições. Renuncie e faça os comentários que quiser longe do plenário onde se toma as principais decisões do país.
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