OSB termina audições em Londres e parte para Nova York e Rio de Janeiro

67 músicos participaram das audições na capital do Reino Unido

Após o furor que a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) teve nos últimos meses com demissão sumária de 47 membros da orquestra, o conjunto começa a se reestruturar com a contratação de músicos estrangeiros que realizaram a primeira bateria de testes em Londres na última quarta-feira (18/05).


Ao todo são 33 vagas abertas para quase todos os naipes da orquestra, com intuito de preencher 13 vagas que estavam abertas e mais outras dos músicos demitidos por não concordarem com a postura da fundação da orquestra e de seu diretor artístico, Roberto Minczuk, ao solicitar uma avaliação geral dos músicos.


Os músicos chegaram a negociar a volta para orquestra, eles pediram sua readmissão sem represálias e a demissão de Minczuk. A Fundação da OSB aceitou readmitir os músicos com uma suspensão de dois dias, avaliação dos músicos em pequenos grupos de até três músicos e a saída do Minczuk, da direção musical Teatro Municipal do Rio de Janeiro. 


Os músicos não aceitaram a proposta e a orquestra abriu processo remanescentes.


Audições e críticas


Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Roberto Minczuk afirma: "Muitos são brasileiros, mas estudaram aqui. E a formação na Europa é muito melhor. Às vezes, aparece no Brasil um supertalento, mas que precisa ser polido." 


O maestro ainda afirma na reportagem que o boicote solicitado pela Federação Internacional dos Músicos para os músico teve impacto nas audições, dos 99 inscritos apenas 67 compareceram.


No fim de semana, a trupe avaliatória da OSB, que conta com músicos remanescentes, Roberto Mincuk e seu gerente artístico, Leandro Carvalho; parte para avaliar músicos nos Estados Unidos e no começo da semana voltam ao Rio de Janeiro para a última avaliação.


Os salários de R$ 9 mil e R$ 11 mil atraem músicos de todas as partes do mundo, especialmente por grandes  cortes de orçamentos e até o fim de grande orquestras na Europa e América do Norte. Contudo, os ex-músicos da OSB e seus colegas começam a se manifestar contra as audições.


Em carta aberta no Facebook, o músico Eduardo Monteiro rechaça a avaliação da OSB. "O plano musical de Minczuk agora fica claro. O que ele quer é que esses músicos de baixíssimo nível venham se somar aos que fizeram as provas aqui para formar a pior porcaria orquestral "brasileira" de todos os tempos." afirma Monteiro.


Outro músico, indignado com a possibilidade de brasileiros participarem das audições enviou e-mail pedindo aos inscritos. "Se vcs querem sofrer na OSB de Minczuk, se fosse só isso, tudo bem, é só esperar que abra vaga de maneira normal." e continua "Fiquem sabendo que quem for se candidatar para ocupar os lugares de Saulo Melo e Alexandre Brasil vira meu inimigo pessoal."


Por hora, a orquestra só volta as atividades em agosto.  


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